quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O CULTO À AUTO-ESTIMA



São tantos os problemas, as decepções se acumulam em meio a uma sociedade que, por si só, caminha para um fim obscuro. As pessoas estão clamando por socorro, suas vidas estão cheias de surpresas desagradáveis e como se não bastasse, o próprio ritmo de vida da sociedade pós-moderna tem contribuído para uma baixa auto-estima que atinge todas as camadas sociais.

Esse "fenômeno" chamado auto-estima tem sido utilizado como justificativa para muitas atitudes questionadas, por exemplo; quando alguém é desafiado a falar em público e, por algum motivo não consegue, o problema é a auto-estima que está em baixa; quando alguém perde a vontade de lutar por algum ideal, o problema também é a auto-estima que não está bem.

Contudo, ela náo é usada apenas como justificativa, mas é também usada como o remédio salvador da sociedade, o antídoto contra os desafios venenosos da vida pós-moderna. E é nesse ponto que quero tocar, ou seja, na perspectiva equivocada de que a auto-estima é a solução para qualquer aflição do homem e a principal motivação para que se chegue ao sucesso.

A sociedade em geral está convencida de que a satisfação interior é capaz de resolver grandes problemas. Em um sentido secundário, "estar de bem com a vida" de fato nos ajuda a conviver de forma mais harmônica com o mundo, entretanto, elevar este estado a ponto de crer que através dele tudo será melhor, é um engano.

Antes de mais nada, quero me posicionar a respeito do assunto fazendo a seguinte afirmação: "O homem não é naturalmente ou basicamente bom, pois ele carrega sobre si um peso, uma culpa pelo grande erro de ter entrado em contato com o pecado. Assim sendo, ele é radicalmente (raiz) corrompido e incapaz de encontrar em si mesmo a solução para os seus problemas".

Portanto, minha defesa é que o homem não deve se iludir com a idéia de que o rumo certo de sua vida tem de ser pautado no estado em que ele se encontra com o "eu" interior, mas o rumo certo para a vida do homem está na VERDADE ABSOLUTA, e no fato de que ele precisa ter um encontro com quem vai transformar definitivamente sua vida, Deus.

4 comentários:

  1. Quero parabenizar você e seus outros dois colegas pela excelente idéia de criar esse blog, espaço este que certamente será muito valioso para aqueles que querem realmente viver os ensinamentos bíblicos com fidelidade. Abraço Rômulo

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  2. Johnatn, tirei isso da Declaração de Cambridge, 1996 (http://www.monergismo.com/textos/credos/declaracao_cambridge.htm):

    "Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades."

    e mais:

    “Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

    “Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.”

    Abraços teológicos!

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  3. Parabenizo aos idealizadores deste blog. Pelo menos para mim, já é de grande valia. Pois esta postagem, em especial, tocou-me no fundo da alma (mente). Seu blog já nasce grande.

    Johnatn, valeu!

    Thiago, realmente o Jean (que fez um comentário em meu blog) estava exagerando. Nós, adventistas, temos esta compreensão sobre o emprego da expressão "inspiração" e a ensinamos. Parabéns pela sua correção, Thiago! Mas saiba que o nosso amigo Jean não quis dizer isso, em seu sentido pleno e efetivo. talvês a palavra correta para o que ele sentiu ao ler a postagem sobre o "deus coca-cola" seria "iluminação". Quem sou eu para receber a inspiração divina, diga-se de passagem. Não nos entenda mal (o Jean e eu). Foi uma gafe que assumo, por não ter corrigido o Jean, educadamente, na ocasião.

    Legau descobrir, por meio de vc, Thiago, que a ideia de meu colega de classe, sobre o "deus coca-cola", já havia sido expressa por Mário Quintana. Descoupe minha ignorância frente a isso e peço desculpas pelo meu colega de classe, que não citou a fonte de tal analogia, ao relatar o pensamento.

    André Luiz Marques

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  4. André, obrigado pelos elogios. Quanto ao assunto do seu blog, postei a resposta nele. Abração!

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